Das quatro pessoas que participaram do encontro hoje (incluindo-me), todo mundo está adorando o livro. A primeira parte ("Raízes") apresenta as personagens, e todas as estórias são fascinantes. @amorim comentou que poderiam render um livro por si só de "estórias humanas". Concordo.
Eu, na verdade, estou relendo o livro e adorando a tradução em português. Há quase dois anos (na segunda vez que li), comentei que provavelmente é a melhor ficção que já li ( https://sol2070.in/2023/09/a-trama-das-%C3%A1rvores ). Acho que ainda vale, em termos de impacto, em como abre uma nova maneira de perceber.
Entre as várias coisas que me chamaram a atenção nesta terceira leitura (que, de certo modo, parece a primeira, por ser agora em português), foi o narrador onisciente. Fica bem claro que as árvores (ou a vida maior) estão ativamente exercendo uma influência decisiva nas personagens, quase manipulando-as, empurrando-as numa direção (isso pode parecer meio místico, mas se parar pra pensar, não acontece o tempo todo? A vida maior nos levando pra cantos inesperados…). Talvez antes não tenha percebido muito porque a narrativa se concentra nas pessoas e essas passagens oniscientes revelatórias são poucas (mas cruciais, já que colocam as árvores como protagonistas!).