Infelizmente não vou conseguir participar, então vou deixar por escrito minhas impressões com a leitura. Espero que consiga me explicar bem e faça algum sentido.
Eu comecei me interessando pelo livro, apesar de por vezes ficar perdida com os diferentes pontos de vista até entender melhor que era Regina e sua mãe falando sobre suas vidas. Entendo que o foco do livro era a Regina mas como falei, ela não me pegou. Penso que talvez não fosse para gostar dela mesmo e até achei um tanto tragicômico os acontecimentos da vida dela. Ao menos pra mim a história tenta passar esse ar em relação aos acontecimento da vida da Regina: a mãe a abandonou, o pai a criou muito mal e antes da vida adulta faleceu, a namorada/caso nunca quis assumir e se mandou, etc.
Enfim, por não gostar da Regina eu acabei me interessando mais pelas personagens próximas a ela, mas fora a Lupe, nós não temos muito sobre as outras mulheres. Me parece que às vezes é só um grande desinteresse da própria Regina em conhecer melhor as pessoas em volta dela, que se esforçam de alguma maneira pra ajudá-la. Aliás, curioso que no fim, eu só achei que a Regina tivesse uma relação um pouco mais profunda (sentimento de carinho) mesmo com a Alice, porque com as outras duas mulheres parecia mais um caso de obrigação. Um ponto aí que reforça bem a solidão da Regina, mas senti também que havia uma má vontade em parte dela em tentar se conectar. Um pouco de rancor também.
No geral eu não gostei da segunda metade do livro, pelo estilo mesmo. Acho que se tivéssemos visto acontecer pelo olhar das personagens teria sido mais interessante.
A terceira parte foi a que eu mais gostei mas a que a gente passou menos tempo nela, uma pena.
Aliás, com relação a parte distópica do livro, eu achei que Não Verás País Nenhum mais realista em seu cenário do que A Extinção das Abelhas. Não sei se foi o tom do livro, mas me pareceu muito mais caricato.